Resenha Dupla: Maybe Someday de Colleen Hoover

Título: Maybe Someday
Autora: Colleen Hoover
Gênero: New Adutl, Romance
Editora: Atria Books
Ano: 2014
Páginas: 320
Sinopse: Aos vinte e dois anos, a musicista aspirante Sydney Blake tem uma vida boa: ela está na faculdade, trabalhando em um emprego estável, apaixonada por seu namorado maravilhoso, Hunter, e dividindo o quarto com sua grande amiga Tori. Mas tudo muda quando ela descobre Hunter traindo-a com Tori – e ela fica tentando decidir o que fazer a seguir. Sydney torna-se fascinada por seu vizinho misterioso, Ridge Lawson. Ela não consegue tirar os olhos dele ou deixar de ouvi-lo diariamente tocando guitarra na varanda. Ela pode sentir a harmonia e vibrações na música dele. E há algo sobre Sydney que Ridge tampouco pode ignorar: ele parece ter finalmente encontrado sua musa. Quando o inevitável encontro acontece, eles logo se vêem necessitando um do outro, em mais de um sentido…

Lili Oliver

Amo resenhas conjuntas, amo ver os pov's de alguma forma interligados, e o contraste (ou não) de opiniões. Eu e Desa temos gostos literários tão diferentes, e ao mesmo tempo paixões literárias semelhantes, confuso? Nem tanto, rs... Pois ela pode ser uma garota de fadas e dragões, e eu de corações despedaçados, mas em algum lugar no meio do caminho nos encontramos, e ai, surtamos juntas. Como o nosso amor por Colleen Hoover, que é inquestionável. 

Quando eu li a sinopse e vi toda a divulgação de MS, eu já fiquei encantada, mas nada me preparou para o que viria... Como é uma resenha conjunta, não irei fazer da forma usual, não quero correr o risco de me estender mais do que o normal, pra não deixar o texto desgastante pra vocês (juro que vou tentar). Dito isto, vamos lá! 

Vou começar com uma palavra: música. Quem me conhece sabe o quanto eu sou apaixonada por música, e livros, e música, e livros... Rs... E quando é possível unir essas duas paixões, o resultado quase sempre é uma explosão infinita de sentimentos, algo que até se torna difícil colocar em palavras. Eu faço quase tudo com música, leio, escrevo, cozinho, limpo, trabalho, corro, choro, danço... Vivo, ouvindo música. É como uma extensão de mim mesma. Eu não consigo imaginar um mundo sem música, sem sons, sem toda a pulsação, a energia, o sentimento, que a música é capaz de expressar, de nos envolver, e é só apertar o play e fechar os olhos... Conseguiram sentir daí?! Então, multipliquem infinitamente. Pois eu sinto tudo isso tão intensamente que o que eu disse, nem chega perto. E este livro, me fez sentir demasiado vulnerável nesse sentido.

- Eu sempre admirei músicos que são capazes de esquecer tudo e todos ao seu redor e derramar todo o seu foco em sua música. Ser capaz de deixar o mundo fora e permitir completamente se deixar levar é algo que eu sempre quis ter a confiança para fazer, mas eu simplesmente não tenho. Esse cara tem. Ele é confiante e talentoso. Eu sempre fui uma louca por músicos, mas mais de uma forma fantasiosa. Eles são uma raça diferente. Uma raça que raramente são bons namorados. 

Em Maybe Someday, conhecemos Sydney, ela é universitária, divide o apartamento com a "amiga" Tori, e namora Hunter há mais de dois anos. Tem uma relação complicada com os pais, mas é feliz e acha ter uma vida razoável, mas no fundo, ela não está completa...

E tem Ridge, que é o carinha misterioso, lindo, músico (suspira)... Que toca violão todos os dias às 20h na varanda do seu apartamento, que coincidentemente é de frente para o apartamento onde Sydney mora. Eles ainda não se conhecem, mas indiretamente já se comunicam através da música. Quando o mundo de Sydney desaba, é ele quem está lá pra ela... Mas Ridge não representa somente a ascensão, ele também pode ser a ruína do que poderia restar de seu coração...

Ridge: Você confia em mim?
Sydney: Eu não confio em mais ninguém. Minha confiança foi completamente esgotada esta semana.
Ridge: Você pode recarregar sua confiança por cerca de cinco minutos? Eu quero sentir a sua voz.

Eu amei Sydney desde a primeira frase, (e eu sou conhecida por não gostar das protagonistas femininas, sim, eu sou uma garota de "caras", rs...), ela me fez sentir juntamente com ela, pois MS já começa com um drama, mas Hoover faz isso tão brilhantemente, que embarcamos nessa viagem com tudo fazendo sentido. A maneira como ela nos apresenta seus personagens é tão crível, que uma chata como eu, que ama procurar "cabelo em ovo", não encontra nada. São tão humanos, falhos, incríveis, pretensiosos, despretensiosos... Não tem como não se identificar, ou se apaixonar por eles.

- Ei, coração. Você está ouvindo? Você e eu estamos oficialmente em guerra.

Eu também amei Ridge. Muito. E acreditem, eu tinha motivos para não fazê-lo, mas foi muito mais forte que eu. Ele me ganhou no primeiro olhar, e eu sou difícil, hein?! Rs...

- Ela pega a caneta e começa a escrever. 'Elas são apenas palavras, Ridge'. Eu respondo, 'São suas palavras, Sydney. Palavras que vieram de você'.

Não posso falar tudo o que eu gostaria sobre ele, pois seria um big spoiler, e não é justo com quem ainda não teve o prazer desta leitura. Como existe esse 'algo' que eu não posso explicar (pois tiraria toda a surpresa, o encanto... me desculpem, mas foi tão incrível pra mim, que eu não faria isso com vocês, e não se preocupem, lá pelo capítulo 4 tudo é explicado, por isso, leiam!). Mas eu também não posso deixar de citar (e quando vocês lerem vão compreender). Ridge tem uma característica que o torna... Tão Ridge! Não tem como não usar as palavras "especialmente incrível" para descrevê-lo, o que só o torna mais apaixonante. E eu li dois livros em 2014, com essa "característica" em comum, além de Maybe Someday, também li Dangerous to Know & Love, da Jane Harvey-Berrick. (que também só posso pedir que leiam), ambos são maravilhosos e me encantaram. 

É um livro denso, com tanto sentimento, tantas emoções cruas, conflituosas... De um jeito que somente Hoover sabe exprimir. É tão emocional, que quando aparece Warren ou Bridgette, é  como se voltássemos a respirar. Eles são os colegas de quarto de Ridge, Warren é seu melhor amigo, é o cara responsável pelas poucas gargalhadas que eu dei no decorrer da leitura, ele é sarcástico e sincero, mas não de uma maneira que queiramos matá-lo e sim, ansiar que ele também seja nosso amigo. E Bridgette, que é a "ficante" do Warren, ela é meio cadela, mas acho que seja só uma "casca", no fundo é uma garota bacana, também ri bastante nos momentos em que ela aparecia... Eu leria tranquilamente um livro desse casal. (Ops! Já existe, "Maybe not", e eu já li! Hahaha... Gente, eu poderia absolutamente me apaixonar por Warren, se eu já não fosse apaixonada por Ridge. Ele é um, ainnnn... Leiam esse também.) 

Warren liga o carro, em seguida, se estica e aperta minha mão. “Hoje é um dia muito ruim, Syd. Um dia muito, muito ruim. Às vezes na vida, precisamos de alguns dias ruins, para manter os bons em perspectiva.” 

Eu acho que eu não consegui ser tão sucinta quanto eu queria, mas acreditem, isso é somente por se tratar de um livro da Hoover, esse em particular. MS é uma viagem encantadora pelo mundo dos sentimentos, não é somente daquilo que podemos ver, ouvir, mas principalmente do que somos capazes de sentir, sentir profundamente...

Melhor quote...
(Teve tantos, praticamente todo o livro, mas este, é... Sem palavras. Suspiro!)
- Diga que é errado, mas isso é tão bom. Não há outra maneira de descrever o que sinto. Eu sei que a maneira que eu penso sobre ela e sinto sobre ela está errada, mas eu me esforço muito com o quão certo parece quando estou com ela.
Minha Classificação: 



Andresa Dias 
"Às vezes na vida, precisamos de alguns dias ruins, a fim de manter os bons em perspectiva ".

Sydney e Ridge se conhecem de uma maneira diferente. Eles vivem de frente um pro outro em um condomínio e ela gosta de passar as tardes na varanda ouvindo-o tocar violão. Quando Ridge percebe que ela criou letras para suas canções, eles começam a conversar por mensagens de texto. Mas o relacionamento entre eles fica mais próximo depois de Ridge contar a ela que seu namorado (de 2 anos) e sua melhor amiga (e colega de quarto) a estão traindo em seu próprio apartamento. E para piorar, ela descobre isso no seu aniversário de 22 anos.

"Ei, coração. Você está ouvindo? Você e eu estamos oficialmente em guerra. "

Com o coração destruído, sem um lugar para morar e agora sem emprego, ela acaba ficando no apartamento que Ridge divide com seu melhor amigo Warren e Bridgette. E assim, começa uma amizade natural entre eles, que têm em comum a paixão pela música. Só que eles terão que lutar contra o que começam a sentir pelo outro porque Ridge tem uma namorada, Maggie, com quem já está há muito tempo, a quem ele ama.

"Nós tentamos tanto esconder tudo o que estamos realmente sentindo daqueles que provavelmente mais precisam saber os nossos verdadeiros sentimentos."

A maneira que eles tentam lidar com o que sentem, é expondo tudo nas letras das músicas que começam a escrever juntos e apesar de ficar óbvio para os dois o que um sente pelo outro, eles terão que percorrer uma longa estrada para lidar com isso. 

Uma das coisas que eu mais amei em relação a Maybe Someday, foi que Colleen Hoover, convidou o cantor e compositor Griffin Peterson para escrever as músicas do livro e além de escrever algumas das letras que vemos no livro, ele as gravou em um CD que virou a trilha sonora do livro e está à venda também. Não é incrível? São 8 músicas no total e foi lindo ouvir as músicas enquanto vemos os personagens construindo sua letra e a história por trás delas. Vocês podem ouvir/comprar as prévias das músicas clicando aqui. E no site oficial da trilha sonora do livro, foram disponibilizadas as músicas para serem ouvidas, assim como suas letras.

"... eu aprendi que o coração não pode escolher, quando e quem e como deve amar. O coração faz o que diabos ele quer fazer. A única coisa que podemos controlar é se vamos dar as nossas vidas e nossas mentes a chance de alcançar nossos corações".

O livro tem romance, culpa, traição, um 'triângulo amoroso' que fez meu coração se partir porque ao mesmo tempo em que eu não queria torcer pelos protagonistas ficarem juntos por causa de Maggie, eu meio que torci, e me senti como os personagens, culpada por querer algo assim, afinal eu sou totalmente contra a destruição de um relacionamento que vai bem, às custas de um que pode dar certo... mas é quase impossível não inclinar sua torcida para Syd e Ridge. 

O livro não tem aquele romance típico que estamos acostumados, mas é emocionante e apaixonante e me conquistou desde a primeira frase. Eu adorei como a história foi fluindo bem e o humor dos personagens. Havia momentos que eu ria sem parar. E achei o relacionamento entre Ridge e Sydney bem natural e bem construído. 

A história é narrada pelos dois pontos de vista e isso amplia bem nossa visão do que acontece dos dois lados. Colleen acertou mais uma vez! A Galera Record comprou os direitos do livro, mas infelizmente a previsão é somente para 2016 (Atualizado: me informaram que ainda não há previsão)! Super, ultra, mega recomendo!! 

Ah e já saiu um livro mais curtinho com os personagens secundários: Warren e Bridgette, com 129 páginas e eu já li! Super recomendo a leitura de "Maybe Not" para quem já leu Maybe Someday.


PS: Em seu novo livro Ugly Love, Colleen convidou o Griffin mais uma vez, para criar uma música tema que possui o mesmo título de seu livro (que infelizmente não gostei e terá resenha dupla em breve no blog). Caso queiram ouvir a música (que é linda por sinal), cliquem aqui
Minha Classificação: 

PS: A Galera Record também comprou os direitos de Ugly Love e a previsão é para 2015.

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6 comentários:

  1. Ainda não li nada da Colleen apesar de ler resenhas bem elogiosas na rede.
    To só esperando a pilha de não lidos diminuir e assim seguir novos rumos hahahahaha
    Um fato que muito me agradou foi que apesar da perspectiva de um triângulo amoroso ele não se concluiu.. entendi direito? Pra mim, isso é o pior num livro. Fico imaginando isso na vida real e qdo isso acontece é pq já não há mais respeito, honestidade e compromisso.

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    1. Oie Jois!

      Bom, na verdade, tem conclusão sim, rs... Mas é o tipo de livro que eu acredito que tem que ser lido, se eu falar qualquer outra coisa irei estragar a sua leitura. Eu confesso, que eu não o senti tanto como um "triângulo" (pois pra mim, triângulo de verdade é quando todos os três envolvidos estão apaixonados, e não era bem o caso...), enfim, se puder leia, depois me conta!

      BB,
      L

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  2. Oi, meninas!
    Eu ainda não li nenhum livro da Colleen, mas estou morrendo de vontade. Eu também adoro música e gostei da forma como os personagens são construídos. Não gosto de ler um livro em que só consigo 'gostar' de um personagem, rs. Só tenho medo desse triângulo amoroso aí, porque, normalmente, esse negócio de triângulo faz é me deixar frustrada. Mas vou pagar pra ver. Vai pra lista!
    Beijos.

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  3. Amo a Colleen Hoover e estou louca para que esse livro seja lançado logo aqui no Brasil *.*
    Já sabia sobre essa história da criação das músicas e do CD e adorei a ideia.

    bjs
    Tais
    http://www.leitorafashion.com.br

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    1. Aaaaaiii Tais! Também não vejo a hora de lançarem por aqui...

      Bb,
      L

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